Sobre a Zardus

A confeção de calçado é uma tradição familiar que remonta a 1919.

Através de um sistema “godear” com moldes artesanais e quase sempre por medida, o seu core business era, na sua maioria, sapatos e botas para trabalho rural. Até 1953 a Zardus adotou o sistema “godear” que prima na sua essência pela durabilidade do calçado.

A Zardus passou por 3 gerações, tendo em cada uma delas adotado diferentes perspetivas, fortalecendo e consolidando a experiência e conhecimento na confeção de calçado.

Em 1953 a empresa iniciou-se na produção de calçado de qualidade superior e aspeto cuidado. Os apelidados “Sapatos Domingueiros”, vieram assim ser os meninos de ouro da empresa, sendo o nome dos mesmo caracterizado pela sua utilização exclusiva em ocasiões ou cerimónias importantes, como por exemplo a missa dominical.

Em 1961 e almejando a expansão para o mercado estrangeiro a Zardus transitou de um mercado artesanal para industrial. Através da aquisição de equipamentos industriais e Know-How especializado a Zardus especializou-se no fabrico de mocassins.

A marca “ZARDUS” é nos dias de hoje uma marca centenária que se dedica exclusivamente à confeção de mocassins para homem, senhora e criança, exportando cerca de 50% da sua produção e colocando o restante no mercado nacional.

Processo de Produção dos Sapatos

O Processo inicia-se com a entrada e escolha das peles. A escolha das mesmas é feita procurando a harmonia entre estrutura e modelo do sapato.

Posteriormente é realizado o corte das peles. Esta fase pode realizar-se através de um molde ou manualmente. Na Zardus prima-se pela singularidade de cada modelo, dando por isso primazia à versão manual, particularmente, em coleções específicas.

A pele é marcada, referenciada e consoante o design é realizado o alisamento da mesma. Este alisamento tem por objetivo a uniformização da pele com as necessidades de costura da mesma.

A fase de costura é realizado interna e manualmente na Zardus. Este processo procura ser o mais uniforme possível conferindo a cada coleção a singularidade e customização características da marca.

Após a costura, o sapato deve ser colocado numa forma concebendo ao mesmo a estrutura estabelecida da coleção.

A fase de montagem encerra em si a colocação da sola, palmilhas e restantes acabamentos.

O culminar do processo é feito com a fase de embalagem, na qual é colocado o papel solfito.

Mantendo-se sempre fiel à qualidade que caracteriza as coleções, a Zardus possui um processo de controlo de qualidade transversal a todas as etapas.

Uma Origem

O sapato mocassim deve a sua origem às tribos de índios da América do Norte, que tinham por hábito enrolar uma pele de animal resistente à volta dos pés criando uma cobertura protetora.

Embora rudimentar esses foram os antepassados que evoluíram posteriormente para os afamados mocassins, flexíveis, cómodos e resistentes. A principal evolução do modelo passou pela introdução de uma sola e de uma única linha de costura à frente, com o objetivo de manter a autenticidade.

O segredo do conforto do modelo continua a ser a qualidade da pele, trabalhada segundo uma tradição artesanal indígena com mais de 400 anos.

A Zardus procura manter-se fiel ao clássico conforto e descontração característicos do mocassim original, não descorando de um design atual e apelativo, fazendo deste um calçado intemporal.

Materiais Usados

Pele Animal/Couro

A pele pode ser oriunda de diferentes animais e é aplicada tanto na sola como no forro de cada sapato. O tratamento deste material é distinto e respeitando as regras atuais de sustentabilidade e proteção animal.

Borracha Tradicional

Este material é utilizado nas solas dos sapatos, sendo obtido por meio de transformações químicas.

Crepes

Borracha virgem, utilizada nas solas dos sapatos. Este material é normalmente mais leve e macio, residindo a diferença no nível orgânico comparativamente à borracha tradicional.